Trabalhos publicados

DOBRAS MAQUÍNICAS EM KOYAANISQATSI

PEREIRA, Demétrio R.; CONTER, Marcelo B.

RESUMO: Em 1982, o filme Koyaanisqatsi, sem recorrer a fala ou texto, articulou suas trilhas visual e sonora (esta exclusivamente musical) para expressar a condição pós-industrial na qual o mundo adentrava, confrontando paisagens sem presença humana e planos gerais de grandes metrópoles. Nossos esforços vão em direção ao reconhecimento da capacidade desse filme de apresentar formalmente a lógica de produção industrial nos seus fluxos visuais, sonoros, táteis, temporais e espaciais, dobrando para dentro de si forças maquínicas por meio de um embaralhamento sensorial. Entendemos que, municiado pelo desdobrar da música ocidental no século passado, o filme atualiza um cinema-máquina pressagiado desde, pelo menos, a década de 1920. O olho já havia sido maquinizado, mas faltava maquinizar também o ouvido, o que Koyaanisqatsi produz a partir da música de Philip Glass. Para pensar os efeitos-de-máquina na arte, buscamos aporte teórico em Benjamin. Com Schafer e Wisnik, traçamos um percurso histórico das respostas musicais à industrialização das cidades, bem como do desenvolvimento das funções do sonoro no cinema. Em seguida, refletimos sobre a condição maquínica que o cinema confere a si próprio e ao espectador através de Flusser e Deleuze e Guattari. Sugerimos, ao final, pistas para um mapeamento de dobras digitais no audiovisual, sustentados nos estudos de Shaviro sobre os afetos pós-cinemáticos.


A MÁQUINA ABSTRATA LO-FI

CONTER, Marcelo B.
In: Anais do XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Rio de Janeiro, RJ – 4 a 7/9/2015.

RESUMO: Desde o final dos anos 1970, artistas independentes vem gravando canções no conforto de casa, evitando grandes estúdios. Essa prática, geralmente atrelada ao uso de equipamentos sucateados, desafinados, gerando uma paisagem sonora com chiados, foi denominada de lo-fi (low fidelity), em oposição ao termo hi-fi (high fidelity). Ao longo do tempo, o conceito lo-fi modifica-se, autonomiza-se, se expande, e passa a agir não só como manifestação minoritária, mas também como modo de ser da comunicação sonora, arrebatando o regime de signos da música pop. Propomos reconhecer o lo-fi como uma máquina abstrata (DELEUZE; GUATTARI, 2008), em sua capacidade de interferir nos estratos da música pop, criando uma forma de pensamento em superfície (FLUSSER, 2008, 2011) que não só instaura a diferença, mas a força a persistir diferindo em baixa definição.

POR UMA ABORDAGEM EPISTEMOLÓGICA DOS AFECTOS NA SEMIOSE

TELLES, Marcio; CONTER, Marcelo B.
In: Anais do XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Rio de Janeiro, RJ – 4 a 7/9/2015.

RESUMO: Este artigo, que se incorpora à pesquisa Semiótica Crítica: por uma teoria das
materialidades na comunicação, propõe à semiótica desafios epistemológicos levantados por teorias que lidam com o afetivo, tendo em vista as ditas viradas afetivas ocorridas em diferentes áreas do conhecimento nas últimas décadas. Diferencia-se o par afecção/afecto de afeto, emoção, paixão e sensação no uso cotidiano para dar conta das dimensões epistemo e ontológica da semiose. Com base em Hjelmslev, Deleuze e Guattari e Espinosa, ensaia-se dizer que há, para além de uma capacidade significante, também uma qualidade sensacional da semiose, aproximando assim a processualidade deste fenômeno às cadeias afectivas que devém de toda afecção

DO IT YOURSELF: DANIEL JOHNSTON’S DEMON

SILVEIRA, F. L.; CONTER, Marcelo B.
In: Paula Guerra; Tânia Moreira. (Org.). Keep it Simple, Make it Fast! An approach to underground music scenes. 58ed. Porto: Universidade do Porto. Faculdade de Letras, 2015, v. 1, p. 49-58.

O REVIRTUAL: A MEMÓRIA DA MEMÓRIA DA CULTURA POP

CONTER, Marcelo B. ; ARAÚJO, André ; SILVEIRA, Márcio. T.
In: Simone Pereira de Sá, Rodrigo Carreiro, Rogerio Ferraz (Org.).Cultura Pop. 1ed. Brasília: Compós, 2015, v. 1, p. 93-108.

SAMPLEAMENTO DE IMAGENS SONORAS EM FEAR OF A BLACK PLANET
CONTER, Marcelo B.; SILVEIRA, Fabrício.
In: Resonancias, nº 35

RESUMO: Neste artigo, debatemos o padrão de sampleamento empregado no disco Fear of a Black Planet, lançado em 1990, pelo grupo norte-americano de rap Public Enemy. Como hipótese, assumimos a ideia de que o uso de samples funda uma outra discursividade, paralela e articulada aos discursos e aos conteúdos expressos nas letras das composições. A utilização de determinados samples, de certo modo, cria um curioso “território de ressignificação”, que tentaremos descrever e problematizar. Para tanto, num primeiro momento, nos dedicamos à definição mesma da técnica do sampling bem como ao reconhecimento de sua importância no interior da cultura do rap e do hip hop. Em seguida, recorremos a aportes teóricos muito pontuais, que nos são dados, entre outros, por Walter Benjamin (a noção de “cultura do choque”, por exemplo), Vilém Flusser e pelo crítico literário espanhol Eloy Fernández Porta (no caso, a idéia de “name dropping”). Concluímos pela ocorrência de uma arqueologia muito particular de textualidades e discursos afirmativos.

LEE RANALDO: “FIDELIDADE NÃO TEM INFLUÊNCIA DA QUALIDADE”

CONTER, Marcelo B.
In: Revista Noize. Entrevista realizada em setembro de 2014.

DREAM POP: ENTRE TEMPORALIDADES E TECNOLOGIAS

CONTER, Marcelo B. ; FONSECA, D. F.
In: ESC:ALA, 06 out. 2014.

INTERVIEW WITH BENJAMIN HALLIGAN

CONTER, Marcelo B.
In: Porto Alegre: UFRGS, 2014.

SUPERFICIALIDADES DA MÚSICA POP MARGINAL BRASILEIRA EM VÍDEOS PARA WEB

CONTER, Marcelo B.
In: Kilpp et. al. Para entender as imagens: como ver o que nos olha?
Porto Alegre: Entremeios, 2013, v. 1, p. 98-115.

A MÚSICA NO UNIVERSO DAS IMAGENS TÉCNICAS

CONTER, Marcelo B.; SILVA, Alexandre R. S.
In: Sessões do Imaginário, 2013.

RESUMO: A afirmação de Vilém Flusser de que somente os netos da geração da década de 1980 seriam capazes de compor música com imagens é a questão que este artigo objetiva enfrentar. Para tanto, investigam-se vídeos publicados no YouTube, cujos códigos musicais, estruturas e tendências evidenciam a hipótese flusseriana de que o universo das imagens técnicas é o mundo da música imaginativa. O processo composicional é realizado no jogo com e contra os aparelhos que geram a imagem-música, especialmente na remixagem de vídeos não musicais e na montagem de fragmentos audiovisuais, realizada a partir de códigos e durações da partitura musical. Com Flusser e para além dele, enfatizase a necessidade de se compreender como alguns programas se tornaram a chave para que se identifiquem os desafios do tempo presente.

GUIDED BY NOISES. A SEMIOSFERA LO-FI DA MÚSICA POP

CONTER, Marcelo B.
In: Anais do XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Manaus, 2013. p. 1-11.

RESUMO: Lo-fi são registros fonográficos musicais de baixa definição, reconhecidos na maior parte das vezes no uso de equipamentos deteriorados (fitas cassete gastas, equipamentos ruidosos e amadores, guitarras desreguladas etc.), e que produzem uma crítica tecnológica do modo como a música pop é constituída pela indústria fonográfica. Partindo deste entendimento, utilizamos a Semiótica da Cultura de Iuri Lotman para entender o lo-fi na perspectiva da semiosfera, como um sistema agindo no ambiente da música pop, o que permite uma maior para a compreensão do seu funcionamento e de suas semioses. Como conclusão, pretende-se mostrar que é possível reconhecer outras manifestações do lo-fi que não estão atreladas apenas à técnica, mas também à estética, à linguagem musical e à cultura. Para exemplificar este processo, apresentar-se-á parte da obra da banda norte americana Guided By Voices.

DELEUZE E A SEMIÓTICA CRÍTICA

Alexandre Rocha da SILVA; André Corrêa da Silva de ARAUJO; Jamer Guterres de MELLO; Marcelo Bergamin CONTER.
In: Anais da Intercom 2012.

RESUMO: Este artigo revisita a obra de Gilles Deleuze procurando identificar os pontos de passagem de uma semiótica formal a uma semiótica política. Trata-se de um sentido de imanência radical que indica a univocidade do ser como o dispositivo por excelência que faz de sua semiótica uma semiótica crítica. Buscamos verificar de que maneira Deleuze contribui para que se pense esta semiótica crítica a partir do debate que faz sobre o estruturalismo, os regimes de signos, a estratificação da linguagem, o sentido e os planos de consistência e de imanência. Desta forma, tentamos mostrar a importância de uma ideia de máquina abstrata que não se reduz nem aos possíveis previstos pelas estruturas nem às formas realizadas dos objetos ou dos sujeitos, mas que afirma a potência de um virtual que se diferencia de si explorando línguas menores, devires inauditos, desterritorializados.

MASHUPS AUDIOVISUAIS PARA WEB: PARA ALÉM DA LINGUAGEM DO VIDEOCLIPE

Marcelo Bergamin CONTER; Camila DANIEL; Luiza PIMENTA
In: anais da Intercom 2012.

RESUMO: Pretendemos focar em uma prática bem específica de vídeos musicais produzidos para serem veiculados na web, que compreenderemos por mashup audiovisual. Na música eletrônica, um mashup é feito da mistura de elementos sonoros de duas ou mais canções diferentes de modo a produzir uma terceira desse encontro. Já no audiovisual, se tratará do encontro de diferentes imagens de arquivo audiovisual e/ou musical em um único vídeo, que resultará na atualização de musicalidades que estavam latentes em tais imagens. Pretende-se também reconhecer o processo de autonomização da linguagem de vídeos musicais para web: se, em suas primeiras concepções (2004-2008), tais vídeos mimetizavam elementos da linguagem do videoclipe, Recentemente eles tem vertido para uma linguagem específica, inserida no contexto da cibercultura e da música eletrônica.

IMAGEM-MÚSICA EM VIDEOS PARA WEB

Marcelo Bergamin Conter
Dissertação de mestrado, PPGCOM/UFRGS , 2012.

DA MÚSICA OBSERVANDO VÍDEOS PARA WEB

Marcelo Bergamin Conter
In: anais da Intercom, Recife, 2011.

Investiga-se as condições de aplicação da Teoria dos Sistemas de Nicklas Luhmann na análise de vídeos musicais da web. Como resultado, sugere-se uma proposta de análise dispersa em três processos de observação: distinguir o Sistema Musical no meio audiovisual; observar a observação da Música em audiovisuais; e observar os novos métodos de composição musical decorrentes das novas estéticas e técnicas propiciadas pelos vídeos para web. Espera-se assim evidenciar como as teorias do audiovisual e do videoclipe não são suficientes para compreender tal fenômeno, pois torna-se necessário compreender a Música como um Sistema estruturante mais do que mero objeto na trilha sonora.

Palavras-chave: Teoria dos Sistemas; Observação; Música; Audiovisual; Web.

VIDEOSONGS DA BANDA POMPLAMOOSE: O QUE VOCÊ VÊ É O QUE VOCÊ OUVE
Marcelo Bergamin Conter; Alexandre Rocha da Silva
In: Ciberlegenda. Rio de Janeiro, UFF, 2011.

A música como protagonista na produção de sentido em vídeos para a web desempenha duas funções: uma estruturante – a que denominamos imagem-música e que oferece as diretrizes a partir das quais se tornam possíveis as relações entre imagem e música –, e outra constituinte – que deve ser compreendida em suas relações de interdependência com as demais linguagens que compõem o vídeo para a web. Foram analisados vídeos compostos por imagens que antes não eram musicais, mas quando mixados, se transformam, através de uma intensa edição das trilhas sonora e visual, em músicas: os VideoSongs de Jack Conte. Para reconhecermos este duplo estatuto, compreendemos a música como uma virtualidade (nos termos de Bergson), capaz de se atualizar, através da aplicação de suas estruturas, em todos os elementos do audiovisual.


EL DOBLE ESTATUTO DE LA MÚSICA EN LOS VIDEOSONGS

Marcelo Bergamin Conter; Alexandre Rocha da Silva
In: GUAL, I. B.; CATALÁN, S. G.; NÚÑEZ, M. M. Actas del IV Congreso internacional sobre análisis fílmico: Nuevas tendencias e hibridaciones de los discursos audiovisuales en la cultura digital contemporánea, Universitat Jaume I, Castellón, Espanha. Ediciones de las ciencias sociales, Madrid, 2011. ISBN: 978-84-87510-57-1

El artículo se propone a discutir el estatuto de la música en vídeos para web, pensando la producción del sentido a partir de las actualizaciones de la música en todos los elementos del audiovisual, incluso en aquellos no-reconocidamente musicales. Foca losvideosongs del grupo Pomplamoose, dirigidos por Jack Conte.

TEXTURAS EM MUTAÇÃO: A BAIXA DEFINIÇÃO DOS VÍDEOS PARA WEB
Marcelo Bergamin Conter
In: Interin. Curitiba, UTP, 2011.

A necessidade de reduzir a definição dos vídeos para internet para que carreguem mais rápido cria deformações visuais. Essa situação, que por anos incomodou muitos videastas, hoje provoca artistas a se apropriarem da baixa definição como opção estética. O presente artigo apresenta um breve panorama histórico de como se chegou a esta situação, através de um ponto de vista filosófico, técnico e estético.

Palavras-chave: audiovisual; web; estética; nitidez; definição.

POTÊNCIAS DE VIDEOCLIPE NO CINEMA E NO VÍDEO
Marcelo Bergamin Conter
In: SILVA, A. R.; ROSÁRIO, N. M.; KILPP, S. Audiovisualidades da cultura. Porto Alegre: Entremeios, 2010.

Trata do que está congelado na matéria de audiovisuais anteriores ao videoclipe como potência, podendo ou não se atualizar  em clipes, especializando, assim, sua linguagem. Realizo para tanto um apanhado histórico da produção de audiovisuais que trabalham concomitantemente imagem e música, como Fantasia, de Walt Disney, e Ano Passado em Marienbad, de Alan Resnais, passando também pelos conceitos de imagem-movimento e imagem-tempo de Gilles Deleuze. Finalizo com uma breve análise do videoclipe To The End, de  David Mould, produzido para música da banda Blur, no qual comparecem algumas das potências de videoclipes reconhecidos nos audiovisuais analisados..

Palavras-chave: videoclipe; audiovisual; imagem-música.

NOVOS CONSTRUTOS DE TEMPOS AUDIOVISUAIS SIMULTÂNEOS NO VIDEOCLIPE
Marcelo Bergamin Conter; Suzana Kilpp
In: Comunicação, Mídia e Consumo (ESPM). São Paulo, 2010.

Resumo: O artigo indica algumas tendências de atualização da imagem-música em videoclipes. Elas foram observadas na articulação das trilhas visuais e sonoras de três vídeos, todos dirigidos por Michel Gondry e produzidos entre os anos de 1996 e 1999, nos quais se encontra um uso muito criativo de tempos audiovisuais simultâneos. Esses são analisados na perspectiva teórica de autores que trabalham com o conceito de tempo relacionado à percepção e à memória. O artigo também toma por referência autores que pensam o audiovisual e a música em sua perspectiva técnica, estética e filosófica.

Palavras-chave: Videoclipe. Imagem-música. Michel Gondry. Tempos audiovisuais simultâneos.

VIDEOCLIPE: DA CANÇÃO POPULAR À IMAGEM-MÚSICA
Marcelo Bergamin Conter; Suzana Kilpp
In: Rumores (USP). São Paulo, 2008.

Resumo: O presente artigo aborda duas temáticas do videoclipe: uma delas é sua recente autonomização dos modelos de produção e distribuição da indústria fonográfica, causados pela expansão da produção videográfica para a internet. A outra temática trata dos seus devires audiovisuais, aquilo que está congelado na matéria como potência, podendo ou não se atualizar em novos videoclipes, especializando, assim, sua linguagem. Entender a autonomização só é possível compreendendo esses devires, e, para isso, tomamos como referencial teórico pensadores que trataram de temas como tempo, percepção e memória, e os que trataram de audiovisual e música em sua perspectiva técnica, estética e filosófica. Também trata de esclarecer alguns aspectos da canção popular e da história do videoclipe, e de como imagem e música nele se articulam.

Palavras-chaves: Videoclipe; canção popular; devires audiovisuais; imagem-música.

APRENDIZES DO FANTASIA
Marcelo Bergamin Conter; Alexandre Rocha da Silva
In: Sessões do Imaginário (PUCRS). Porto Alegre, 2006.

Resumo: “Aprendizes do fantasia” aborda o videoclipe como gênero audiovisual partindo de seus devires, ex- pressos desde as primeiras fusões de imagem pro- jetada com música. Toma-se como referência o filme Fantasia, de Walt Disney, de 1940, no qual são en- contradas estruturas que se repetirão nos videoclipes 40 anos mais tarde. São abordadas, tam- bém, adaptações de músicas inseridas no filme como traduções intersemióticas.

Palavras-chave: Música; semiótica; videoclipe.

FIGURAS DE TEMPO CICLO EM PANORAMAS TELEVISIVOS
Suzana Kilpp; Marcelo B. Conter; Leonéia Evangelista.
In: Eco-Pós, Rio de Janeriro, v. 14, n. 1, 2011.

O artigo analisa modos de comparecimento do tempo ciclo em panoramas televisivos e discute sua função. Relaciona essa figura com a seta e a espiral do tempo, e faz apontamentos sobre modos televisivos de figurar e pensar o retorno regular de eventos. A reflexão tem por fundamento a teoria do tempo de Bergson, e traz para o diálogo autores afins, mas também outros que sublinham perspectivas geológicas, históricas e comunicacionais de tempos espacializados.

Palavras-chave: Televisão; ethicidades; tempo-ciclo; imagem-duração

FIGURAS DE TEMPO SETA EM PANORAMAS TELEVISIVOS

Suzana Kilpp; Émerson Vasconcelos Almeida; Marcelo Bergamin Conter; Laura Lucas Arrué
In: Anais do XXXIII Intercom (UCS). Caxias do Sul, 2010.

Resumo: O artigo aponta e autentica comparecimentos de figuras de tempo seta na televisão, e problematiza os sentidos que a ele são conferidos nas moldurações por ela praticadas. Confronta tempos cronológicos e tempos cronométricos, ambos indistintamente enunciados pelas emissoras como seta. Conjetura sobre uma aparente enunciação de tempos lineares e uma impensada, mas perceptível na análise, coalescência de tempos. Conjetura sobre as funções do tempo seta na organização da programação de emissoras afiliadas ao sistema NET, e conclui sobre a importância da pesquisa refletir sobre as implicações das enunciações televisuais de tempo-seta para a produção de um pensamento ou imaginário de tempo real.

Palavras-chave: Tempo real; tempo-seta; ethicidades televisivas; imaginários de tempo.

CÂMERAS E ESPELHOS EM BIG BROTHER BRASIL: ENUNCIAÇÕES E PRAGMÁTICA
Suzana Kilpp; Marcelo Bergamin Conter; Álvaro Constantino Borges
In: E-Compós. Brasília, 2007.

Resumo: O presente artigo toma como objeto os construtos televisivos (ethicidades) de câmeras e espelhos presentes no programa Big Brother Brasil 3 (Rede Globo, 2002), e analisa tempos de TV em que os mesmos comparecem nos panoramas. O procedimento técnico básico é a dissecação de frames que, retirados do fluxo da tevê e digitalizados, evidenciam a produção e a edição das imagens, sendo que sua análise toma como base três enunciações principais do gênero reality show: vigilância, transparência e voyeurismo. Pretende-se problematizar essas enunciações em relação à pragmática da Rede Globo.

Palavras-chave: ethicidades televisivas; moldurações; pragmática.

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